Tecnologia

Quando o 5G chega à minha cidade? Veja os próximos passos da tecnologia

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) realizou em novembro de 2021 o leilão do 5G, a nova geração de internet móvel. Ela vai estrear oficialmente no Brasil na próxima quarta-feira (6), segundo afirmou ao g1 o conselheiro da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Moisés Moreira.

Brasília será a primeira cidade do país a contar com o 5G. A Anatel diz que São Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre e João Pessoa receberão a tecnologia em uma segunda etapa, mas ainda não há uma data definida.

Inicialmente, a tecnologia chegaria às 26 capitais estaduais e ao Distrito Federal em 31 de julho, mas dificuldades logísticas na importação de equipamentos fizeram a Anatel estender o prazo para 29 de setembro.

Nos próximos anos, as operadoras deverão aumentar o número de antenas nas capitais e no Distrito Federal e, a partir de 2025, levar o 5G para cidades com mais de 500 mil habitantes. Até 2029, todas as cidades com mais de 30 mil habitantes deverão ter a nova tecnologia.

A expectativa de fontes ligadas ao setor ouvidas pelo g1 é que o 5G estará disponível em diversos bairros das maiores cidades do país em um prazo de 2 a 4 anos após do leilão de frequências, realizado em novembro de 2021.

A tendência é que o 5G chegue aos poucos, primeiro nas grandes cidades, e vá se expandindo ao longo dos anos.
Em uma audiência na Câmara dos Deputados em setembro de 2021, um dos ministros do Tribunal de Contas da União (TCU), que avaliou o edital do leilão, Aroldo Cedraz, afirmou que a promessa de chegada do 5G em todas as capitais do país até julho de 2022 era para “inglês ver”.

Isso porque a proposta de edital do 5G prevê a instalação de poucas estações rádio base (ERB), que são as antenas. Desse modo, o sinal da internet móvel de quinta geração ficaria restrito a uma pequena área das capitais, não cobrindo toda a área dos municípios.

O 5G vai exigir muitas antenas para entregar todo o seu potencial e será preciso construir a infraestrutura de fibra óptica para o transporte de dados. A instalação dos equipamentos deve ocorrer gradualmente de acordo com a estratégia de cada operadora.

Veja o cronograma previsto pela Anatel:

29 de de setembro de 2022: capitais e Distrito Federal (DF) tendo uma estação rádio base (ERB, ou antena) a cada 100 mil habitantes;
31 de julho de 2023: capitais e DF tendo uma ERB a cada 50 mil habitantes;
31 de julho de 2024: capitais e DF tendo uma ERB a cada 30 mil habitantes;
31 de julho de 2025: capitais e DF e cidades com mais de 500 mil habitantes tendo uma ERB a cada 10 mil habitantes;
31 de julho de 2026: cidades com mais de 200 mil habitantes tendo uma ERB a cada 15 mil habitantes;
31 de julho de 2027: cidades com mais de 100 mil habitantes tendo uma ERB a cada 15 mil habitantes;
31 de julho de 2028: pelo menos 50% das cidades com mais de 30 mil habitantes tendo uma ERB a cada 15 mil habitantes;
31 de julho de 2029: 100% das cidades com mais de 30 mil habitantes tendo uma ERB a cada 15 mil habitantes.

Nos municípios com até 30 mil habitantes, a Anatel determina a instalação de até 5 estações rádio base, conforme o tamanho da população. Veja o cronograma para estas cidades:

31 de dezembro de 2026: 30% dos municípios com até 30 mil habitantes;
31 de dezembro de 2027: 60% dos municípios com até 30 mil habitantes;
31 de dezembro de 2028: 90% dos municípios com até 30 mil habitantes;
31 de dezembro de 2029: 100% dos municípios com até 30 mil habitantes.
As operadoras terão que enfrentar o obstáculo das regras de instalação de antenas, que são definidas por cada município.

A Lei das Antenas, sancionada em 2015, foi criada para facilitar o processo de instalação de antenas de redes móveis.

Em 2020 um decreto presidencial regulamentou alguns aspectos, como o silêncio positivo, que permite a instalação dos equipamentos após 60 dias caso não haja manifestação por parte de órgãos ou entidades municipais – desde que o pedido siga em conformidade com a legislação.

5 mudanças que o 5G irá trazer para a vida das pessoas:

5 mudanças do 5G na vida das pessoas
5 mudanças do 5G na vida das pessoas

Como foi com o 4G
O leilão da primeira faixa do 4G aconteceu em 2012 e tinha metas específicas para a Copa das Confederações de 2013 e para a Copa do Mundo de 2014.

A Anatel determinou, por exemplo, que até abril de 2013, as 6 cidades-sede de jogos da Copa das Confederações deveriam que contar com o serviço.

Em maio de 2013, o g1 realizou um teste nas sedes da Copa das Confederações. Na época, somente uma operadora tinha disponibilizado o serviço. Em algumas cidades, não havia cobertura em pontos importantes.

Com o tempo, a disponibilidade do serviço foi aumentando. De acordo com um relatório da Anatel de dezembro de 2020, somente 124 cidades não têm cobertura 4G.

No entanto, 1.928 municípios (35,43% do total) que possuem 4G não possuem cobertura urbana total – o que significa que a rede não chega a alguns bairros.

 

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