Oluwatosin Tolulope Ajidahun explica que a infertilidade é um desafio que vai além do aspecto físico. Ela envolve também fatores emocionais, sociais e até culturais, que podem aumentar a pressão sobre os casais. Nesse cenário, as terapias integrativas surgem como ferramentas complementares aos tratamentos médicos tradicionais, oferecendo suporte físico e psicológico. Elas não substituem a medicina reprodutiva, mas podem potencializar os resultados, promovendo equilíbrio hormonal, melhora da qualidade de vida e redução do estresse, fatores reconhecidamente associados à fertilidade.
A acupuntura e seus efeitos sobre a fertilidade
A acupuntura é uma das práticas integrativas mais investigadas no campo da reprodução humana. Ao estimular pontos específicos do corpo, essa técnica promove a liberação de neurotransmissores e melhora o fluxo sanguíneo. Estudos mostram que o aumento da circulação para o útero e ovários favorece a receptividade endometrial e estimula a ovulação.
Tosyn Lopes evidencia que, em protocolos de fertilização in vitro (FIV), a aplicação da acupuntura antes e após a transferência embrionária tem se mostrado eficaz na elevação das taxas de implantação. Embora os resultados variem, há consenso de que a técnica reduz o estresse e a ansiedade, fatores que, por si só, já impactam a fertilidade.

O papel da fitoterapia e da nutrição natural
A fitoterapia, uso de plantas medicinais com fins terapêuticos, tem sido cada vez mais estudada no apoio à saúde reprodutiva. Substâncias como o vitex agnus-castus auxiliam na regulação do ciclo menstrual, enquanto a maca peruana é associada ao aumento da vitalidade e da qualidade dos gametas. Outra planta bastante utilizada é o inhame selvagem, relacionado à indução da ovulação em alguns protocolos naturais.
Oluwatosin Tolulope Ajidahun ressalta, contudo, que a automedicação deve ser evitada. Plantas medicinais podem interagir com fármacos utilizados em tratamentos de reprodução assistida e comprometer seus efeitos. Por isso, o acompanhamento de profissionais especializados é indispensável. Em paralelo, a nutrição natural também exerce papel decisivo. Alimentos ricos em antioxidantes, como frutas vermelhas, vegetais de folhas verdes e oleaginosas, reduzem o estresse oxidativo, preservando a integridade do DNA de óvulos e espermatozoides.
Somado a isso, hábitos alimentares equilibrados ajudam a manter o peso corporal adequado, fator que influencia diretamente a ovulação e a qualidade seminal. Nesse sentido, a combinação entre fitoterapia e nutrição funcional amplia as possibilidades de suporte natural à fertilidade.
Apoio emocional como parte indispensável do processo
Sob essa análise, o cuidado com a saúde emocional é um dos pontos mais relevantes das terapias integrativas. A infertilidade frequentemente gera ansiedade, depressão e sentimentos de frustração, que podem prejudicar tanto o relacionamento do casal quanto a adesão ao tratamento médico. Terapias como yoga, meditação, mindfulness e psicoterapia auxiliam na redução dos níveis de cortisol, hormônio do estresse que interfere na ovulação e na produção de testosterona.
Tosyn Lopes frisa que o apoio psicológico fortalece a resiliência dos casais, ajudando-os a enfrentar ciclos de tratamento que, muitas vezes, são longos e desgastantes. Além disso, práticas como a arteterapia e os grupos de apoio favorecem a troca de experiências, reduzindo o isolamento emocional.
Integração entre medicina e terapias complementares
Oluwatosin Tolulope Ajidahun conclui que o futuro da medicina reprodutiva passa por uma abordagem cada vez mais multidisciplinar. A integração de terapias médicas convencionais com práticas complementares representa um cuidado mais amplo, que não se restringe ao tratamento físico da infertilidade. A acupuntura, a fitoterapia e o suporte emocional não são substitutos, mas sim aliados que contribuem para melhorar a resposta ao tratamento, aumentar a qualidade de vida e devolver confiança aos casais.
Assim, é essencial que essas práticas sejam incorporadas de maneira segura, sempre com acompanhamento profissional. Quando utilizadas de forma adequada, ampliam não apenas as chances de concepção, mas também tornam o processo mais humanizado e acolhedor. Afinal, lidar com a infertilidade não é apenas uma questão de protocolos médicos, mas também de cuidar da saúde integral de quem sonha com a maternidade e a paternidade.
Autor: William Carter
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