As queimadas descontroladas representam um dos maiores desafios ambientais do agronegócio contemporâneo, como comenta Aldo Vendramin, empresário e fundador. O fogo fora de controle provoca prejuízos que vão muito além das perdas materiais: ele compromete a fertilidade do solo, destrói habitats naturais e afeta diretamente o equilíbrio climático.
Por isso, compreender seus impactos e fortalecer as políticas de prevenção é essencial para garantir um futuro mais sustentável para o campo, neste artigo falaremos mais disso.
As causas das queimadas descontroladas
As queimadas acontecem, em muitos casos, como resultado da falta de planejamento e de práticas agrícolas inadequadas. O uso indevido do fogo para limpeza de áreas, aliado à baixa umidade e aos ventos fortes, cria o cenário perfeito para incêndios de grandes proporções. Segundo o senhor Aldo Vendramin, a maioria das ocorrências é evitável. A ausência de aceiros, a falta de monitoramento e o descuido com a meteorologia são fatores que transformam uma prática pontual em um desastre ambiental.

Junto a isso, em regiões com extensas áreas agrícolas e pastagens, o fogo tende a se espalhar rapidamente, alcançando zonas de preservação e comprometendo o ecossistema local.
Os impactos ambientais e econômicos
O fogo descontrolado causa danos profundos ao solo. As altas temperaturas destroem a camada orgânica e os microrganismos essenciais para a fertilidade, dificultando o crescimento das plantas e aumentando a necessidade de insumos químicos, essa degradação compromete a produtividade a longo prazo e eleva os custos de recuperação. Em muitos casos, são necessários anos para que a terra volte ao seu equilíbrio natural.
Além dos impactos ambientais, as queimadas também geram prejuízos econômicos expressivos. O gado perde áreas de pasto, as plantações sofrem danos irreversíveis e os produtores enfrentam interrupções nas atividades. A fumaça ainda afeta a saúde humana, aumentando casos de doenças respiratórias em comunidades rurais e urbanas.
O papel das políticas públicas na prevenção
Nos últimos anos, o Brasil tem avançado na criação de políticas voltadas ao combate das queimadas. Programas como o Plano Nacional de Prevenção e Controle de Queimadas e Incêndios Florestais (PrevFogo) e o Protocolo ABC+ estabelecem diretrizes para reduzir a prática do fogo e promover alternativas sustentáveis de manejo.
Assim como destaca o empresário Aldo Vendramin, essas iniciativas são fundamentais para conscientizar produtores e incentivar o uso de tecnologias que substituam o fogo por métodos mais seguros, como o plantio direto e o controle biológico, e estados e municípios vêm adotando legislações específicas que condicionam o uso do fogo à autorização prévia dos órgãos ambientais com o intuito de reforçar a fiscalização e a responsabilização por danos causados.
Tecnologias que ajudam na prevenção
O avanço tecnológico trouxe ferramentas poderosas para o monitoramento de queimadas. Drones, satélites e sensores térmicos são capazes de detectar focos de calor em tempo real, permitindo ações imediatas de controle. Sistemas como o INPE Queimadas e o uso de sensoriamento remoto têm sido decisivos para reduzir a propagação do fogo em áreas agrícolas e florestais.
Além da detecção, softwares de gestão rural ajudam os produtores a mapear riscos, registrar dados climáticos e planejar aceiros com base em informações precisas. Essas soluções digitais permitem que o manejo do fogo seja feito de forma técnica e responsável, conforme evidencia o empresário Aldo Vendramin.
Um futuro sustentável depende da prevenção e da conscientização
Combater as queimadas descontroladas não é apenas uma questão de preservação ambiental, mas de sobrevivência econômica e social. O equilíbrio entre produção e conservação só será alcançado quando o fogo deixar de ser visto como uma ferramenta e passar a ser tratado como um risco a ser evitado.
Investir na conscientização dos trabalhadores e produtores é a base para reduzir as queimadas descontroladas. O aprendizado sobre como e quando usar o fogo, aliado ao monitoramento constante, transforma o comportamento e promove uma cultura de responsabilidade ambiental.
A soma de tecnologia, políticas públicas e conscientização já mostra resultados promissores, mas ainda há um longo caminho a percorrer. E, tal como ressalta o senhor Aldo Vendramin, o futuro do agronegócio brasileiro será construído por quem compreender que prevenir é sempre mais eficiente, e sustentável, do que remediar.
Autor: William Carter